Conheça 75 projetos para recuperar a aprendizagem que deram certo no RS

Banco de dados criado pelo Ministério Público traz em detalhes experiências que podem ser copiadas por outras instituições

Iniciativas de sucesso para recuperar a aprendizagem dos alunos durante a pandemia e que estão ajudando no combate à evasão podem ser conferidas em um banco de dados lançado recentemente pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul . Os projetos foram inscritos pelos próprios autores e passaram por uma análise de especialistas em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ao todo, o site traz 75 trabalhos, de escolas localizadas em diferentes regiões do Estado.

A plataforma traz em detalhes como os projetos foram executados, apresentando seus objetivos, a metodologia utilizada e os resultados, de modo que outras instituições possam replicar as boas ideias. Entre os relatos, estão exemplos como da Escola Municipal de Ensino Fundamental Miguel Burnier, de Coronel Barros, no Noroeste, em que alunos e professores criaram um podcast para reforçar a importância de ir à aula. O programa em áudio é enviado para toda a comunidade escolar via WhatsApp e veiculado na rádio comunitária. Como resultado, a escola tem registrado zero por cento de evasão escolar. No site também há experiências de secretarias municipais, como em Flores da Cunha, onde foi criado o projeto Apoio Pedagógico. São aulas de reforço em todas as nove escolas de Ensino Fundamental da rede, no contraturno, uma vez por semana. Além da contratação de professores especializados, a gestão pública providenciou transporte escolar, almoço e lanche. 

Segundo a coordenadora do Centro de Apoio da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões do Ministério Público, Luciana Cano Casarotto, o objetivo desse banco de dados é de compartilhar caminhadas inspiradoras, por suas potencialidades, pela avaliação de seus limites e pela capacidade de planejamento de políticas públicas eficientes, para que sirvam de inspiração para todos os municípios do Estado e até mesmo do Brasil. “Nossa expectativa é, a partir do banco, criar um mecanismo para que as experiências sejam replicadas, pois acreditamos que, através do exemplo, podemos chegar a grandes resultados”, destaca.

O integrante do grupo estratégico do Pacto pela Educação, Jorge Audy, avalia que a iniciativa do Ministério Público está alinhada com as estratégias do Pacto. “Esses projetos servem de inspiração para novas iniciativas baseadas nestas experiências de sucesso. São movimentos como este, assim como o Pacto pela Educação, que vai nos permitir transformar o Estado pela educação”, destaca Audy. Ele lembra que, agora, após o resultado das eleições, é o momento de definir as pautas centrais para o futuro do Rio Grande do Sul. “A educação é e deve ser reconhecida pelos governantes e pela sociedade como a base, o fundamento sobre o qual podemos voltar a sonhar com uma sociedade mais justa e um processo de desenvolvimento social, econômico, cultural e ambiental que propicie que as pessoas sejam mais felizes e realizadas, pessoal e profissionalmente”, salienta.

(Com informações: GZH)

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