Encontro foi virtual e contou com a participação de 35 conselheiros
Na última terça-feira (08/11) ocorreu nova reunião do conselho do Pacto pela Educação. O encontro foi realizado de forma online e teve como objetivo avaliar as ações do movimento, nos últimos meses, e definir as próximas estratégias. O evento, mediado pelo Coordenador Executivo, Leandro Duarte Moreira, contou com a participação de 35 conselheiros. Fazem parte do conselho pessoas de notório saber, representando a sociedade civil, empresas, poder público e universidades.
Leandro apresentou as ações já realizadas pelo Pacto, desde o seu lançamento, em maio, e os planos para os próximos meses. “Passado o período das eleições, devemos intensificar o relacionamento com prefeituras e governo do Estado. Além disso, estamos trabalhando em uma estratégia de comunicação, em um novo site, com mais notícias sobre iniciativas inspiradoras de educação no Estado. Também iremos trabalhar no mapeamento de bons exemplos com possibilidades de replicação”, adiantou o coordenador. Ele destacou também que nos últimos meses o Pacto participou de alguns eventos como o Dia D Geração Caldeira, Tá na Mesa, da Federasul, Sesi Com@Ciência, Congresso de Educação para a Cidadania, Alfabetiza Poa e Seminário de Educação Profissional. O Pacto também visitou a Escola Adolfina Diefenthäler, de Novo Hamburgo, finalista de uma das premiações mais importantes do mundo, a World’s Best School Prizes. O comitê do Pacto também esteve presente em um Workshop promovido pela Secretaria de Educação do RS sobre formação de professores transformadores.
No encontro, os conselheiros discutiram sobre quais devem ser as três prioridades do próximo governo de Eduardo Leite, na área da educação, e elaboraram uma proposta que deverá ser apresentada, em breve, ao governador reeleito.
Entre os presentes na reunião, o conselheiro Jorge Gerdau, pontuou as suas principais preocupações com relação às deficiências na educação brasileira e onde o Pacto deve atuar. Para ele, a busca de uma gestão profissional deve ser uma das prioridades. “Quando se fala na palavra gestão, existe uma verdadeira ojeriza em relação a isso. Posso dizer a vocês que governança é decisivo, mas as tecnologias de gestão e eficiência é, provavelmente, um dos aspectos mais importantes”, salientou. O conselheiro pontuou, ainda, a importância de ampliação da educação profissional: “ninguém poderia sair do Ensino Médio sem um curso de profissionalização”, defendeu. Gerdau destacou, também, que é preciso trabalhar para zerar o analfabetismo funcional.
Para a conselheira Diana Engel Gerbase, deve-se priorizar as competências básicas que todos precisam ter ao sair da escola. “Estamos num mercado de competição global, e tem gente que não consegue nem escrever uma frase, como é que essa pessoa vai se apresentar para uma entrevista de emprego?”, questionou.
A conselheira Sonia Bier chamou a atenção com relação ao foco que deve ser dado à educação integral. “Entendemos a educação integral não como uma educação de segurança, mas voltada ao desenvolvimento integral”. E, neste sentido, ela defende que é fundamental pensar não só nas competências cognitivas, mas também nas sociais. “Por mais que a gente tenha a necessidade de competências muito específicas, sem relacionamento não há como fazer este desenvolvimento. E a minha preocupação é quando ouço que o Ensino Médio tem um foco stricto sensu na habilidade profissionalizante. Temos que pensar que as habilidades e as competências para o mundo do trabalho são maiores do que a questão do stricto sensu”, salientou.