Instituição ficará junto ao Sesc Protásio Alves; funcionamento está previsto para 2025
A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) anunciou recentemente que investirá R$ 42 milhões na construção de uma escola de Educação Básica, em Porto Alegre. O projeto, localizado junto ao Sesc Protásio Alves prevê a criação de um complexo, com a oferta de Ensino Infantil e Fundamental Sesc e do Ensino Médio do Senac. As obras devem começar no próximo ano com previsão de conclusão até 2025. A entidade já possui escolas nesse formato nas cidades de Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul e Santa Maria.
Conforme o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, a proposta pedagógica terá como foco a excelência no ensino, visando a formação de alunos autônomos, críticos e protagonistas. “O complexo de educação Sesc Senac Protásio Alves terá por premissa uma ação integral de educação, preconizando a autonomia dos indivíduos, como seres críticos e protagonistas, integrando saberes associados às temáticas de meio ambiente e práticas desportivas. Oferecerá uma educação cidadã, que desenvolverá o jovem para ser uma pessoa crítica, produtiva e inserida no mercado de trabalho”, detalha o dirigente. A escola terá um percentual de vagas gratuitas para famílias de baixa renda.
O dirigente lembra que, hoje, a Fecomércio possui no Estado 18 escolas de Educação Infantil, três de Ensino Fundamental, 36 escolas Polo de EJA – EAD – de Ensino Médio Sesc, além de 11 unidades operacionais com oferta do Projeto de Contraturno Escolar e quatro escolas de Ensino Médio Senac. Para construir uma escola, a entidade realiza pesquisa de mercado para identificar cidades com maior potencial ou demanda de vagas nos respectivos níveis de ensino. “Já está em andamento uma nova pesquisa para avaliação de novas e potenciais cidades para implantação do serviço”, antecipa o dirigente.
Mais investimentos em educação para 2023
Conforme Bohn, outros investimentos em educação estão previstos para o próximo ano. Deverão ser destinados R$ 41.358.600,00 para melhorias nas escolas do Senac de todo o Estado. Os recursos serão investidos no aumento gradativo de turmas, com o aumento de vagas principalmente no Ensino Médio. “A Escola de Ensino Médio de São Leopoldo está ampliando seu espaço dentro da estrutura da Unisinos para contemplar o acesso a mais de 600 alunos. Em Porto Alegre, a escola Distrito Criativo, que fica dentro do Shopping Total, está duplicando de tamanho para ampliar sua oferta. Além disso, esse valor de investimento contempla novos laboratórios, mais modernos e adequados com as demandas do mercado de trabalho nas áreas de informática e enfermagem. Também está prevista a modernização do parque de máquinas das escolas de todo o Estado”, antecipa o presidente.
Já o Sesc projeta o valor de R$ 85.650.000,00 em investimentos para melhorias nas Unidades do Sesc de todo o Estado. A verba será utilizada para a manutenção e a qualificação constante dos espaços, tais como troca de mobiliário de escolas de ensino infantil, remodelação de playgrounds, adequação de salas e espaços de convivência de escolas. Na avaliação do presidente da Fecomércio, a qualidade da Educação Básica é um dos principais desafios no Brasil e no Rio Grande do Sul. Ele lembra que, conforme último levantamento divulgado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil tem baixa proficiência em Leitura, Matemática e Ciências, se comparado com outros 78 países que participaram da avaliação. Ao analisar o cenário do RS, Bohn cita os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgados recentemente, que mostram que, de uma escala de 0 a 10, o Estado ganhou nota 5,9 para os anos iniciais do Ensino Fundamental, 5 para os anos finais do Fundamental e 4,1 para o Ensino Médio. “Ainda com a pandemia, muitas crianças e jovens ficaram longe das salas de aula. Por isso, um dos grandes desafios é resgatar a defasagem de aprendizagem agravada por conta deste período. Além disso, precisamos garantir práticas inovadoras, uma vez que as crianças e jovens estão cada vez mais conectados e uma apropriação tecnológica das escolas”, defende o dirigente.