Estudantes entre 9 e 15 anos participam de oficinas artísticas no contraturno escolar

Com o objetivo de levar arte-educação para crianças de escolas municipais no contraturno das aulas, a Fundação Iberê desenvolve, desde 2019, o Programa Iberê nas Escolas. A proposta consiste em oferecer oficinas artísticas envolvendo os quatro eixos de ensino: letramento, numeramento, iniciação científica e educação do sensível. Neste ano, a terceira edição do Programa ocorre em Eldorado do Sul. Para conhecer de perto o trabalho, o Pacto pela Educação visitou o local, na manhã da última quarta-feira (07/12). Estiveram presentes o integrante do Grupo Estratégico, Ronald Krummenauer, e o coordenador do Comitê Executivo, Leandro Duarte Moreira. A visita foi acompanhada pelo superintendente executivo da Fundação Iberê e conselheiro do Pacto pela Educação, Robson Outeiro, e pela coordenadora do programa Iberê nas Escolas, Mariah Pinheiro.

Desde maio deste ano, 40 estudantes, com idades entre 9 e 15 anos, da rede municipal do Parque Eldorado, na zona rural de Eldorado do Sul, participam da iniciativa em um espaço junto à EMEF Octávio Gomes Duarte. As atividades integram as áreas de educação ambiental, raciocínio matemático, leitura e escrita de diversos gêneros textuais e habilidades socioemocionais, tendo as artes e suas diferentes linguagens como eixo central. O Programa dispõe, diariamente, de uma arte-educadora e uma educadora social. Também são convidados oficineiros de diferentes linguagens artísticas para trabalharem no local.

Além das atividades semanais, o programa prevê visitas à Fundação Iberê e outros espaços culturais. Os arte-educadores preparam os alunos para esse momento, buscando inserir em seus planejamentos atividades introdutórias relacionadas aos temas das exposições em cartaz. Depois, são feitas atividades de desdobramentos do que foi experienciado nas visitas.

Para o integrante do Grupo Estratégico do Pacto, Ronald Krummenauer, o Rio Grande do Sul tem muita tradição nas áreas de educação e cultura e a Fundação Iberê conecta as duas áreas com essa iniciativa. “É fantástico ver as crianças ‘brincando’ de fazer arte e, ao mesmo tempo, aprendendo convivência, respeito aos colegas, preservando o meio ambiente e construindo uma história de vida”, salienta. Para ele, o Programa tem total conexão com o Pacto pela Educação. “Queremos apoiar projetos que ajudam a melhorar a educação dos nossos jovens, e um dos nosso eixos é a educação como responsabilidade coletiva. Nesse Programa inspirador, temos famílias incentivando seus filhos, uma fundação voltada às artes transferindo conhecimento e o poder público dando o respaldo com estrutura física e financeira. Parceria é a chave do sucesso do projeto”, destaca Krummenauer.

O superintendente executivo da Fundação Iberê, Robson Outeiro, afirma que o programa pode ser replicado por outras prefeituras e subsidiado pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério). Ele salienta, porém, que, hoje, um dos maiores desafios é encontrar mão de obra qualificada para ministrar as oficinas. “Não basta que o profissional tenha somente formação em arte, é preciso didática pedagógica para ensinar as crianças”, pondera.

História do Iberê nas Escolas

O Programa teve início em 2019, em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre. Ao longo do ano, o Educativo atendeu mais de 250 crianças e adolescentes de seis escolas municipais. As atividades tinham a arte integrada com outras áreas da vida, para que pudessem desenvolver habilidades de educação ambiental, raciocínio matemático, socioemocionais, leitura/escrita de diversos gêneros textuais, entre outros, seguindo os objetivos propostos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para 2023, Outeiro adianta que o programa será retomado em Porto Alegre, e atenderá 250 crianças na Zona Sul.

Na pandemia, a iniciativa ganhou uma versão digital – Iberê Lab, atendendo 163 jovens do 5º ano de cinco escolas da rede municipal da cidade de Guaíba com encontros virtuais. Com o compromisso de apoiar novas ações educativas em um momento atípico na educação, o Programa aconteceu como um laboratório para descobertas e desenvolvimento de potencialidades coletivas, combinando a arte e a tecnologia para exercer o protagonismo, a pesquisa e a troca criativa entre os estudantes na relação digital.

Um comentário

  1. Ainda tenho esperança no ser humano devido iniciativas como essa. Não teria como dar errado juntar arte e educação. Os envolvidos com esse programa estão de parabéns. Por mais iniciativas assim e que sirva de exemplo para outros estados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *